No
final dos anos 90, o campus da USP em São
Carlos começou a sentir os primeiros
reflexos da falta de espaço físico.
Localizado na região central da cidade
- com 32 hectares -, a área, a cada
ano, foi ficando limitada a grandes construções.
De início, a idéia era encontrar
um terreno próximo, para o qual pudessem
ser transferidos alguns serviços da
universidade. No entanto, com a aprovação
do curso de Engenharia Aeronáutica,
no início de 2001 e a possibilidade
de implantação de outras carreiras
na USP-São Carlos, tiveram início
as tratativas para que fosse criado um novo
campus no município. A decisão
foi corroborada pelo Programa de Ampliação
de Vagas e Criação de Novos
Cursos do Governo do Estado.
Um grupo foi
designado pelo reitor para o estudo e execução
dessa expansão. Os trabalhos começaram
em maio do mesmo ano, com o objetivo de encontrar
uma área que não representasse
custos à universidade. Com a divulgação
na imprensa da proposta de um novo campus,
além de São Carlos, Prefeituras,
Câmaras Municipais e proprietários
particulares da região passaram a oferecer
áreas.
Encerrado
o prazo para ofertas, em agosto começaram
as análises de cada área. No
total, foram 14 propostas: cinco delas em
São Carlos, uma na divisa com o município
de Ibaté e outras oito em cidades da
região (Araraquara, Batatais, Brotas,
Descalvado, Leme, Matão, Porto Ferreira
e Mococa). Para que a seleção
fosse feita de modo fundamentado dos pontos
de vista técnico, urbanístico
e econômico os membros do grupo elaboraram
uma série de critérios de pontuação,
entre os quais estavam: dimensão da
área, distância do atual campus,
acessibilidade, presença de fontes
poluentes, infra-estrutura, topografia e impacto
ambiental.
No dia 11
novembro de 2001 o então reitor Jacques
Marcovitch anunciou a área melhor classificada,
com 73 hectares, a 4 km do atual campus e
oferecida pela empresa Novo Tema Empreendimentos
Ltda, através da Prefeitura Municipal
de São Carlos.
Em janeiro
de 2002 a reitoria da USP criou duas comissões
para atuarem junto ao novo campus: uma com
o objetivo de cuidar do projeto acadêmico
e outra com a função de elaborar
o Plano Diretor e desenvolver a estrutura
administrativa do Campus - Área 2.
Com a assinatura
da escritura de doação da área
e liberação de três milhões
e vinte mil reais do Governo do Estado, no
dia 8 de agosto de 2002, tiveram início
as primeiras obras de implantação.
Neste dia, começou a perfuração
para estacas do Galpão de Apoio. Depois
foram sendo executados outros serviços
como: sondagem do solo - para definição
de sua formação geológica
-, terraplanagem de algumas vias de acesso
e da rotatória principal e cercamento
da área.
Paralelamente
começavam a ser desenvolvidos os projetos
dos prédios do Curso de Engenharia
Aeronáutica e do sistema viário
total do campus.
Com uma significativa
área de preservação ambiental,
em torno de 30% do terreno, os investimentos
também se voltaram para a recuperação
da reserva legal e das ATPs.
No dia 21
de fevereiro de 2003, o Campus 2 ficou maior.
Representantes das empresas Faber Castell
e Sobloco assinaram escritura doando 5,8 hectares
à Universidade (totalizando 78 hectares).
A área incorporada - na divisa sul
- possibilitou o aumento dos espaços
edificáveis e a adequação
do projeto viário interno com a avenida
de acesso ao campus. Para o local também
está projetada a construção
do Centro de Convenções da USP-São
Carlos.
Em 2004, outro
terreno, também doado pela Novo Tema
Empreendimentos, foi incorporado a área,
que passou para 102,4 hectares.
O primeiro
prédio didático concluído
foi o do curso de Engenharia de Computação.
A inauguração aconteceu em 15
de janeiro de 2005 em uma cerimônia
que contou com a presença de diversas
autoridades, entre elas o Governador do Estado,
Geraldo Alckmin, e o Reitor da USP, Adolpho
José Melfi. Cerca de um mês depois,
o Campus - Área 2 recebia os primeiros
alunos. No mesmo ano, em 4 de novembro, o
governador do Estado de São Paulo,
Geraldo Alckmin, descerrou a placa de inauguração
oficial do Campus – Área 2.

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